LUTA CONSTANTE

8M: MULHERES CONQUISTAM DIREITOS COM PERSISTÊNCIA E CORAGEM

quinta-feira, 09/03/23 15:51 Punhos femininos cerrados que se unem em um gesto de parceria.

Entre todas as tarefas femininas, a manutenção dos direitos conquistados é uma das mais importantes. Seja em casa, no trabalho ou na rua, as mulheres precisam se reafirmar constantemente para impedir que as proibições sociais impostas sobre o seu gênero diminuam o seu espaço de protagonismo. Isso porque aquilo que hoje é uma escolha, um dia, precisou ser uma luta contra um “não” dito apenas para mulheres, mobilizando movimentos sociais que escandalizaram a sociedade da época e permitiram a construção da realidade que conhecemos hoje. 

Um ótimo exemplo é a presença em ambientes de estudo. Hoje, as mulheres são maioria nas universidades brasileiras, mas nem sempre foi assim. Até 1879, não existia a permissão legislativa para que elas ingressassem no ensino superior e, após o Decreto da Lei n. 7.247/1879, suas matrículas deveriam ser feitas por seus maridos ou pais. 

O trabalho fora de casa seguiu a mesma lógica proibitiva até que a mobilização das mulheres alcançasse seu objetivo: abandonar o papel exclusivo de mãe, esposa e dona de casa, conquistando espaço no mercado de trabalho. No Brasil, a luta durou até os anos 1970, quando as atividades laborais executadas por mulheres começaram a ser aceitas e valorizadas, mas essa vitória ainda está sendo acompanhada de perto. Além da desigualdade salarial, que ainda faz parte da vida das trabalhadoras, elas ainda não recebem a mesma confiança que os colegas do gênero masculino para exercer cargos de liderança, representando 38% da liderança de equipes. 

A presença feminina na política nacional também só foi possível depois de uma batalha intensa para reafirmar a capacidade das mulheres. Apesar disso, 91 anos após receber o direito ao voto, as mulheres ainda são minoria no Congresso e no Senado, demonstrando que as ações afirmativas para incentivar a participação feminina não são suficientes para garantir a inclusão das parlamentares. 

E os “nãos” direcionados às mulheres não se limitaram às escolhas intelectuais. O direito sobre o próprio corpo também lhes era negado, estimulando as mulheres a ceder a pressões estéticas e sociais, como ter um corpo considerado perfeito, gerar filhos, usar maquiagem ou adequar seu vestuário ao que era aceito, sem nenhum tipo de subversão aos valores morais. 

Ainda hoje, é possível ouvir comentários que tratam do que não se pode fazer, falar ou querer, mas isso não significa que essa palavra tão pequena e tão pesada deva ditar a descontinuidade do processo ativo de transformação. As mulheres seguem conquistando direitos, ignorando todos os “nãos” indevidos e ecoando um grito cada vez mais alto e forte de que SIM, ELAS PODEM!

 

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