PRECONCEITO

PESQUISA REVELA QUE MAIS DE 80% DOS BRASILEIROS AINDA DISCRIMINAM MULHERES

segunda-feira, 19/06/23 18:30 montagem digital de uma mulher, acorrentada a uma enorme bola de ferro onde se lê discriminação.

FOTO: Depositphotos

O estudo divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que o sexismo, independentemente de ser influenciado por homens ou entre mulheres, é uma questão altamente prejudicial “que pode até mesmo legitimar atos de violência física e psicológica”. 

A pesquisa, que abrangeu 80 países e mais de 85% da população mundial, apontou que quase 90% das pessoas têm algum tipo de preconceito contra as mulheres, indicando que o preconceito de gênero é um problema global. No Brasil, o estudo revelou que 84,5% da população tem pelo menos um tipo de preconceito contra as mulheres. O estudo considerou quatro dimensões relacionadas ao preconceito de gênero, em que são detectadas desvantagens ou discriminação: integridade física, educacional, política e econômica.

Em relação à integridade física, o país apresentou indicadores preocupantes no que diz respeito à violência doméstica e ao direito de decisão sobre ter ou não filhos. Cerca de 75,56% dos homens e 75,79% das mulheres no Brasil têm preconceito nessa dimensão. No entanto, a dimensão educacional teve o menor índice de preconceito, com apenas 9,59% dos entrevistados acreditando que a universidade é mais importante para os homens do que para as mulheres.

No aspecto político, 39,91% das pessoas revelaram ter preconceito de gênero, acreditando que as mulheres não são tão habilidosas na política quanto os homens e têm menos direitos. Além disso, quase um terço dos brasileiros (31%) acredita que os homens têm mais direito ao trabalho do que as mulheres, ou que os homens são mais competentes nos negócios. Globalmente, mais de um quarto da população mundial acredita que é justificável um homem agredir sua esposa. Cerca de 87% das mulheres e 90% dos homens apresentaram pelo menos um tipo de preconceito de gênero nas tendências observadas.

Apesar das campanhas globais pelos direitos das mulheres, como #MeToo, #NiUnaMenos, #TimesUp e #UnVioladorEnTuCamino, o estudo constatou que o número de pessoas com preconceito contra as mulheres praticamente não foi pensado na última década. Como forma de melhorar esses índices, os especialistas do PNUD recomendam fortalecer os sistemas de proteção e assistência social, promover a inclusão financeira, combater a desinformação de gênero, bem como o discurso de ódio e violência, e investir em leis e medidas políticas que promovam a igualdade de gênero na política. Com ações como estas, é possível construir Estados mais sensíveis às questões de gênero.

Com informações: Mídia Ninja

O SINJUS-MG ESTÁ ATENTO A ESSA LUTA

O estudo da PNUD somente traduz em números os desafios enfrentados pelas mulheres diariamente nos diversos espaços da sociedade. Por isso, a luta contra essas violências é dever de todos: cidadãos, cidadãs, entidades, instituições e empresas.  

“O resultado dessa pesquisa revela uma realidade muito grave para o Brasil e para o mundo, destacando que o sexismo ainda existe em todas as esferas, com altos índices de preconceito e violência contra as mulheres. É nosso dever, como cidadãos e cidadãs de um País democrático, lutar contra isso e buscar meios para construir uma sociedade com mais equidade e respeito”, afirma Adriana Teodoro, diretora administrativa do SINJUS e coordenadora do Núcleo das Mulheres do Sindicato. 

Para que as mulheres tenham seus direitos resguardados, é essencial que novas iniciativas sejam propostas e implementadas em áreas como  política, saúde, cultura e entretenimento, pautando os debates em torno da promoção da sororidade e interseccionalidade, e buscando compreender as diferentes vivências femininas. 

No campo da atuação sindical, o Núcleo das Mulheres do SINJUS-MG desempenha um papel fundamental para que o Sindicato possa fortalecer a luta feminina, colaborando para o empoderamento e garantia de direitos. Além de ser um espaço de ampliação de força política, o Núcleo ainda se propõe a acolher e compartilhar experiências das servidoras do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), do Tribunal de Justiça Militar de Minas Gerais (TJMMG) e de todas as mulheres. 

Para conhecer essa iniciativa do SINJUS basta clicar aqui. Faça parte do Núcleo das Mulheres e participe dessa luta!

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