LUTA ANTIRRACISTA

Coletivo de Negras e Negros da Fenajud lança identidade visual e diretrizes que nortearão os trabalhos

segunda-feira, 21/10/24 11:02 Emblema circular com borda branca decorada com padrões geométricos pretos. No centro, há uma imagem de um punho levantado de cor marrom escuro, simbolizando resistência e luta. O fundo é dividido em três partes: verde na parte superior esquerda, vermelho na parte superior direita e amarelo na parte inferior. Abaixo do punho, há dois machados de lâmina dupla na cor laranja, adornados com um búzio no centro. Ao redor do círculo central, está o texto na cor preta: 'Coletivo de Negras e Negros - FENAJUD'.

Nesta semana, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) lançou oficialmente sua nova identidade visual e diretrizes do Coletivo de Negras e Negros da Entidade, marcando um importante passo na luta antirracista no âmbito do Poder Judiciário. As ações simbolizam não apenas a resistência e a força da população negra, mas também o compromisso em ampliar o debate étnico-racial dentro e fora das instituições sindicais e institucionais. Este lançamento reforça a missão do Coletivo em combater o racismo estrutural e destaca a urgência de pautar a equidade racial como tema central para as políticas públicas em todas as esferas.

O Coletivo, que reúne representantes de 16 sindicatos filiados à Fenajud – Sindijus/Sergipe; Sindijus/Paraná; Serjusmig/Minas Gerais; Sinsjusto/Tocantins; Serjal/Alagoas; Sinjusc/Santa Catarina; Sinjus/Minas Gerais; Sindjustiça/Rio Grande Do Norte; Sinjur/Rondonia; Sindjus/Rio Grande Do Sul; Sintaj/Bahia; Sintaj/Paraíba; Sindjud/ Pernambuco; Sinjuris/São Paulo; Sintrajus/São Paulo; e Sindjus/Maranhão, não é apenas um espaço de reflexão, mas um espaço importante na construção de uma agenda antirracista em todo o Brasil.

Com o apoio da Federação, o grupo se organiza para enfrentar desafios como a criminalização das pessoas negras e a exclusão racial presente no sistema de justiça, majoritariamente composto por pessoas brancas. Assim, a luta do Coletivo visa garantir que o racismo, em suas diversas formas, seja combatido de maneira incisiva dentro e fora do Judiciário.

Desde o seu início, o Coletivo tem promovido encontros regulares para debater estratégias de enfrentamento ao racismo e propor ações concretas. Um dos principais objetivos é a democratização do acesso ao sistema de justiça, quebrando barreiras históricas e questionando uma estrutura de poder marcada por privilégios de raça, classe e gênero. Nesse sentido, o Coletivo busca não só promover o diálogo sobre as desigualdades raciais, mas também criar fissuras em uma estrutura de poder que perpetua a opressão da população negra.

Diretrizes do Coletivo

Fundado durante o 1º Encontro de Negras e Negros da Fenajud, realizado em maio de 2023 em Salvador, o Coletivo reafirma seu papel como uma plataforma de resistência e transformação. Ao introduzir o debate racial no Poder Judiciário e nos sindicatos, o grupo busca contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, onde todas as formas de exploração e opressão sejam erradicadas.

Com base em princípios sólidos de enfrentamento ao racismo estrutural, as diretrizes do Coletivo de Negras e Negros da Fenajud destacam:

Dos princípios

Gerais:

  • Contribuir na luta antirracista;
  • Construir políticas de enfrentamento ao racismo estrutural;
  • Fazer a defesa da população negra e/ou não branca brasileira;
  • Posicionar-se ante o genocídio da população negra periférica brasileira;
  • Contribuir no enfrentamento à violência contra as mulheres negras que ocupam a base de nossa pirâmide social;
  • Atuar no enfrentamento à criminalização das pessoas negras;
  • Fortalecer e tensionar o debate acerca da democratização do acesso ao sistema de justiça com ênfase no debate étnico-racial;

Específicos:

  • Estimular debates acerca das relações étnico-raciais nos sindicatos de base da Federação;
  • Promover a formação de pessoas negras para ocupar os espaços de direções sindicais;
  • Averiguar o cumprimento da política de cotas nos judiciários estaduais;
  • Avançar no debate étnico racial a partir da perspectiva interseccional;
  • Posicionar-se contra toda forma de opressão e de exploração;
  • Pautar o atravessamos das questões étnico-raciais em todas as pastas da Federação a partir da compreensão da imprescindibilidade de transversalidade da pauta;
  • Contribuir na construção de uma comunicação antirracista;
  • Estimular por meio dos Sindicatos de base e Federação a educação antirracista nos tribunais;
  • Realizar encontros nacionais de negras e negros da Fenajud de forma anual.

Como participar

Os Sindicatos de base filiados à Fenajud que ainda não participam, podem se engajar diretamente no Coletivo, indicando representantes comprometidos com a luta antirracista. Cada sindicato tem a oportunidade de nomear um membro titular e um suplente para compor o grupo. Para participar, basta enviar as informações de contato à Federação por meio do e-mail [email protected].

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