AMBIENTE DE TRABALHO

ENTENDA O QUE É A SÍNDROME DE BURNOUT QUE AFETA TANTAS TRABALHADORAS E TRABALHADORES

sexta-feira, 22/03/24 17:34 A imagem tem um fundo preto e mostra um homem olhando diretamente para a câmera com uma nuvem preta de tempestade sobre a sua cabeça. Em destaque está escrito "BURNOUT". Abaixo do homem, há outro texto em letras mais pequenas e vermelhas que diz "SAÚDE NÃO É SÓ DOENÇA". No canto inferior esquerdo, há um logotipo da FENAJUD e do SINJUS-MG.

A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional está cada dia mais comum na vida das trabalhadoras e dos trabalhadores no país. Em função das subnotificações, ainda há números muito incipientes, mas a OMS refere que o Burnout já impacta 30% dos brasileiros e segundo a ISMA (Internacional Stress Management Association), o Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados. Quem traz luz aos dados é a psicóloga Marzie Damin, Mestra em Comunicação Social – PUCRS, entrevistada da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud) desta semana, no âmbito da campanha de saúde “Saúde não é ausência de doença”.

Ao ser perguntada sobre o que é a síndrome, a especialista aponta que “é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.  As principais causas são a carga de trabalho excessiva, falta de apoio e liderança inadequada e a falta de reconhecimento. É comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes ou quando o profissional planeja ou é pautado para objetivos de trabalho muito difíceis. Há alguns estudos que associam o assédio moral como desencadeante para a Síndrome de Burnout”, disse.

Ela ressalta ainda que, “A Síndrome de Burnout se caracteriza por sofrimento psíquico e problemas físicos. Os principais sinais físicos que podem indicar a Síndrome de Burnout são: fadiga, dores de cabeça frequente; alterações no apetite e no sono; dificuldades de concentração; hipertensão; problemas gastrointestinais e alterações nos batimentos cardíacos. Do ponto de vista psicológico, são sentimentos de fracasso, insegurança, negatividade constante, derrota e desesperança, incompetência; isolamento e alterações de humor. A presença desses sintomas de forma cotidiana, sem qualquer tratamento ou afastamento da fonte de estresse, pode incapacitar o profissional de trabalhar, causando impactos importantes na autoestima, na capacidade cognitiva e na credibilidade da sua capacidade de trabalho”, pontua.

A trabalhadora ou trabalhador também pode ser levado à “Exaustão mental – esgotamento mental, sensação de vazio e incapacidade de lidar com as tarefas cotidianas; Despersonalização – negativismo, perdendo a capacidade de ter empatia; Diminuição do desempenho – dificuldade de concentração em tarefas simples e consequente redução na produtividade. Ansiedade, depressão, isolamento social, entre outras”, enfatiza Marzie.

A psicóloga aponta ainda que “Há que se considerar que a judicialização do Burnout tem ganhado visibilidade e força dentro dos tribunais brasileiros, especialmente após o reconhecimento pela OMS do Burnout como doença ocupacional, há pouco mais de 1 ano (Em 1º de janeiro de 2022). Isso significa que atualmente existe CID (Classificação Internacional de Doenças) específico para a doença. Nesse sentido o reconhecimento do Burnout como doença ocupacional promoveu uma mudança de abordagem nos tribunais”.

Sobre o que fazer, a professora aponta que “Na micropolítica das organizações, promover ações de formação, informação, ambientes mais permeáveis à tolerância de reconhecimento humano, conhecimento e aceitação dos limites e potencialidades de cada pessoa dentro da organização devem ser o centro das prioridades estratégicas.

Levantamento 

Um levantamento recente da área trabalhista do escritório de advocacia Trench Rossi Watanabe, indica que entre 2020 e 2022, tramitaram em torno de 4 mil processos trabalhistas sobre o assunto – quase o dobro do registrado entre 2017 e 2019, quando havia 2,3 mil ações. Cabe ressaltar que judicialização decorrente do transtorno do esgotamento profissional aumentou em 72% durante a pandemia da covid-19.

Fonte: Fenajud

Últimas notícias

ver mais
INSALUBRIDADE DENÚNCIA DO SINJUS SOBRE MÁS CONDIÇÕES DA UNIDADE MILTON CAMPOS REPERCUTE NA IMPRENSA sexta-feira, 26/04/24 18:42 Não é novidade que as servidoras e os servidores do Prédio da Milton Campos ...
Montagem digital de duas imagens, uma acima da outra. Na imagem de cima há um grande grupo de pessoas que se organizaram em um círculo, na imagem abaixo desta há muitas pessoas em um corredor, organizadas em duas fileiras, uma diante da outra. Nas duas imagens está o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires, que fala com os grupos, e junto dele estão os diretores, Felipe Rodrigues, Alexandre Gomes, Adriana Teodoro e Janaína Torres. REUNIÕES SETORIAIS SERVIDORES REIVINDICAM PROVIDÊNCIAS SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO TJ sexta-feira, 26/04/24 18:27 Como parte de um esforço contínuo para manter um canal de diálogo aberto com ...
INACEITÁVEL SITUAÇÃO DE CALAMIDADE NA UNIDADE MILTON CAMPOS REVOLTA SERVIDORES quinta-feira, 25/04/24 19:15 Na tarde desta quinta-feira, 25 de abril, o SINJUS-MG esteve na unidade Milton Campos ...

Convênios

ver mais
Espaço GS Pilates Fisioterapia Coração de Jesus . Belo Horizonte (31) 98284-0699 15% ver mais
DROGA RAIA Convênios . Belo Horizonte, RMBH, Rio de Janeiro, São Paulo, sul do Brasil. www.drogaraia.com.br 17% a 44% ver mais
DROGASIL Convênios . Minas Gerais, São Paulo, Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil www.drogasil.com.br 17% a 44% ver mais
Top Fale conosco