NESTA QUARTA

EVENTO DO SINJUS VAI DEBATER DESIGUALDADES RACIAIS NA SOCIEDADE BRASILEIRA

terça-feira, 09/05/23 19:46 Ilustração digital com uma balança com um cifrão em sua base. Do lado mais pesado da balança está uma peça de xadrez branca, o rei, do outro lado, com menos peso estão seis peças na cor preta, os peões.

O Brasil é conhecido como um país multiétnico, mas o traço mais marcante da nossa sociedade é o racismo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de pretos e de pardos na parcela da população enquadrada em situação de pobreza é o dobro do de brancos. Isso escancara a necessidade da implementação de políticas públicas voltadas para o combate ao racismo. Por isso, o SINJUS-MG realiza, nesta quarta-feira, dia 10 de maio, às 19h, na Faculdade de Direito da UFMG, um debate sobre ações para a promoção da igualdade de oportunidades entre todos os brasileiros e brasileiras.

De acordo com os parâmetros do Banco Mundial, são consideradas pobres as pessoas que vivem com menos de US$ 5,50 por dia, o que corresponde a cerca de R$ 486 mensais per capita. Pelo IBGE, em 2021, 38,4% dos pardos e 34,5% dos que se declaram negros estão nesse recorte. Já a proporção de brancos abaixo da linha da pobreza cai pela metade, 18,6%.

A situação também se repete no retrato da extrema pobreza, que considera aqueles que têm renda menor que US$ 1,90 por dia, ou R$ 168 mensais por pessoa. Cerca de 5% de mulheres e homens brancos estão nessa situação, enquanto 9% dos negros e 11,4% dos pardos estão nesse quadro de vulnerabilidade e precariedade.

Outro dado do IBGE mostra uma face ainda pior, que mescla o racismo com o sexismo. No Brasil, 63% das casas comandadas por mulheres negras com filhos de até 14 anos estão abaixo da linha da pobreza, enquanto a média nacional é de 25%.

“As afrodescendentes e os afrodescendentes deste País seguem sendo marginalizados por um sistema patriarcal que oprime, impõe fome e mata negros e pardos ao mesmo tempo em que mantém uma enormidade de privilégios para a elite branca. Por isso, precisamos unir forças para lutar e conseguir mudar essa realidade”, afirma o diretor de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde do SINJUS, Jonas Araújo.

SINJUS promoverá debate sobre o racismo no Brasil

Embora tenham sido criadas algumas iniciativas para minimizar a dívida histórica que o Brasil tem com a população negra, ainda há muito a ser feito para que elas sejam efetivas e venham a abranger todas as dimensões do racismo estrutural. Nesse sentido, o debate “Racismo e Sexismo: o papel das mulheres na luta antirracista” vai colocar em pauta ações e políticas que reduzam a discriminação e o preconceito com a comunidade negra, especialmente com as mulheres.

A abordagem será conduzida pela promotora de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) Lívia Sant’Anna Vaz, uma das 100 personalidades no mundo que entraram para a lista de Mais Influente Afrodescendente (Mipad), iniciativa que está vinculada à agenda da Década Internacional das Nações Unidas para Afrodescendentes.

O debate vai analisar ações e políticas afirmativas que visem corrigir desigualdades e promover a inclusão social de grupos excluídos em diversos setores, como educação, mercado de trabalho, acesso à moradia e à Justiça, por exemplo.

Cida Nunes promove crítica social por meio da arte

Outro destaque do evento promovido pelo SINJUS será a presença da artista plástica especializada em pintura naïf Cida Nunes, que vai expor alguns de seus trabalhos. Com mais de 42 anos de trajetória, Cida começou aos nove anos fazendo desenhos na parede de casa com o carvão que sua mãe usava no fogão à lenha. Já na adolescência, a professora Vitória identificou o talento da menina e a convidou para fazer painéis de 4 metros para serem fixados na escola. Foi a educadora que também a ensinou a trabalhar com pintura.

Desde então, Cida Nunes vem aprimorando a sua técnica e fazendo da arte um meio de crítica social. A sua obra segue o conceito da arte naïf, retratando as vivências do cotidiano da artista na Serra do Cipó e a sua militância pelas culturas negra e indígena. Além de expor suas criações em eventos da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e na Serra do Cipó, Cida também já ministrou oficinas em festivais de invernos de várias cidades.

Atualmente, a artista utiliza materiais recicláveis como tampas de cerveja, MDF, borrachas de pneus e cabaça para expressar a sua visão de mundo e protestar contra as desigualdades impostas a negros e indígenas.

Os participantes do evento do SINJUS terão a oportunidade de conhecer um pouco mais do trabalho dessa expressiva artista e ativista. Veja mais também no Instagram: @cidarte85. 

 

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