IGUALDADE E EQUIDADE RACIAL

SINJUS-MG REFORÇA COMPROMISSO ANTIRRACISTA EM ENCONTRO NACIONAL DA FENAJUD

quinta-feira, 02/10/25 13:12 Imagem Acessível: A imagem mostra uma mesa de debates com quatro mulheres negras participando do II Encontro Nacional do Coletivo de Negras e Negros da Fenajud. Elas estão sentadas atrás de uma mesa coberta com tecido estampado e uma faixa que identifica o evento. Ao fundo, um telão projeta a identidade visual da atividade. O card traz o título: “SINJUS-MG reforça compromisso Antirracista em encontro nacional da FENAJUD”, destacando o compromisso da entidade com a pauta da igualdade racial.

O SINJUS Antirracista marcou presença no II Encontro Nacional do Coletivo de Negras e Negros da Fenajud realizado no Rio de Janeiro entre os dias 25 e 27 de setembro. O evento abordou o tema “Fortalecendo Coletivos, articulando lutas: classe, raça e gênero no Judiciário” e reuniu representantes dos três Poderes, lideranças sindicais e do movimento negro. O SINJUS-MG foi representado pelo diretor de Imprensa e Comunicação, Alexandre Gomes, pela integrante do SINJUS Antirracista Cleonice Amorim de Paula e pela servidora Fabíola Sandra. 

A mesa de abertura contou com a participação de representantes da FENAJUD, do Sindjustiça-RJ, da Fenajufe, do Legislativo do Rio de Janeiro, além de um membro da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB/RJ, do Ministério da Igualdade Racial e do Movimento Negro carioca. Na Conferência Magna, o jurista Hédio da Silva Júnior destacou o Protocolo de Julgamento com Perspectiva Racial, implementado pelo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a importância de sua adoção na prática jurídica cotidiana. 

Nos debates, vivências racistas pessoais e coletivas foram evidenciadas como uma marca dolorosa do racismo estrutural, reforçando a necessidade de normas para coibir práticas discriminatórias e garantir que condutas racistas sejam devidamente apuradas e responsabilizadas. O primeiro dia de atividades foi encerrado com a emocionante apresentação de slam do “Sopapo Poético Negro”, que levou arte, voz e resistência para o espaço.

“Não é possível pensar em democracia, em justiça ou em sindicalismo sem reconhecer as marcas do racismo e sem assumir a responsabilidade de transformá-las. Como sindicato, precisamos ser ponte para que as vozes negras cheguem a a todos lugares na sociedade, para que as denúncias não sejam silenciadas e para que histórias de resistência sejam reconhecidas como patrimônio de luta. Voltamos para Minas Gerais fortalecidos, com a missão de seguir ampliando a representatividade, valorizando a comunicação antirracista e, principalmente, colocando em prática as diretrizes que foram construídas coletivamente”, afirma Alexandre Gomes.

Desafios na liderança

Nos painéis, foram discutidos temas como as cotas raciais no Judiciário e as terras quilombolas e o Judiciário. A mesa “O papel da mulher negra nas Direções Sindicais”, que contou com a participação de Cleonice Amorim de Paula, ex-presidente do SINJUS, foi um dos pontos altos do evento e abordou os desafios enfrentados pelas mulheres negras em espaços de direção, a necessidade de ampliar a representatividade e a urgência de transformar as estruturas do movimento sindical segundo uma perspectiva feminista e antirracista.

“As histórias de resistência do povo negro precisam ser sempre valorizadas e visibilizadas. Cada mulher negra tem inúmeros relatos de opressão, silenciamento e violência que superam para ter voz na nossa sociedade, que ainda é muito racista, machista e misógina. Por isso, os sindicatos precisam ser não apenas espaços de acolhimento, mas agentes de amplificação dessas vozes, trajetórias e lutas” em busca de equidade, reforça Cleonice Amorim.

Outra mesa que completou as discussões trouxe propostas de metodologia e diretrizes para a criação e o fortalecimento de coletivos no âmbito da FENAJUD, destacando a importância da atuação estruturada e participativa. O painel ainda abordou estratégias de comunicação antirracista e a importância da articulação entre prática sindical e a luta antirracista.

A programação também incluiu momentos de conexão com a ancestralidade, como o passeio pela Pequena África, guiado por Alexandre Lourenço, especializado em roteiros com focos histórico e social. Os participantes do Encontro puderam conhecer locais em que atrocidades foram perpetradas ao povo escravizado e sequestrado de África. Durante esse percurso puderam conhecer parte da história que não é ensinada nas escolas, auxiliando no processo de apagamento dessa chaga na história do Brasil.  Com base em pesquisa e vivência, o roteiro promoveu o diálogo entre passado e presente, valorizando os saberes ancestrais, ampliando a compreensão sobre as contribuições negras na formação do Brasil e reafirmando o compromisso em contar essa história de maneira crítica e enraizada na ancestralidade.

Carta do Rio de Janeiro

No encerramento do encontro foi aprovada a Carta do Rio de Janeiro, o documento que reuniu as principais proposições e demandas construídas ao longo dos três dias de atividades. O texto reafirma o compromisso com a luta antirracista, a defesa da democracia, a ampliação de políticas afirmativas e a necessária valorização das vozes negras nos espaços de decisão do Judiciário, do sindicalismo e do Brasil

Os participantes também deliberaram por realizar o próximo encontro do Coletivo em Minas Gerais, em 2027, para dar continuidade à mobilização e reforçar a necessidade de manter viva a articulação nacional em torno da realização da igualdade racial, de gênero e de classe.

Fonte: SINJUS-MG, com informações da FENAJUD

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