SINJUS COBRA MELHORIAS NO ATENDIMENTO DO IPSEMG EM REUNIÃO DO CONSELHO DE BENEFICIÁRIOS
quinta-feira, 05/06/25 18:53
Nesta quarta-feira, dia 4 de junho, foi realizada uma nova reunião do Conselho de Beneficiários do Ipsemg (CBI). No encontro, o coordenador-geral do SINJUS-MG, Alexandre Pires, reforçou a cobrança por melhorias nos atendimentos de saúde oferecidos pelo Instituto, especialmente após o aumento da alíquota de contribuição dos servidores, aprovado sob a promessa de investimentos significativos no serviço prestado.
“Diante do aumento da contribuição das servidoras e dos servidores, o mínimo que se espera é uma resposta efetiva do Instituto na ampliação e na melhoria dos atendimentos tanto na rede própria quanto na rede credenciada. Por isso, essa reunião foi importante para cobrar dos gestores do Ipsemg investimentos em pontos críticos, como a falta de médicos e profissionais de saúde em algumas especialidades”, pontuou Alexandre Pires.
Durante a reunião, o Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP) foi mencionado pelos membros do CBI como uma das unidades em que o quadro de profissionais está deficitário. Diante disso, Alexandre Pires cobrou a contratação de anestesistas, auxiliares de enfermagem e médicos de variadas especialidades, bem como a aquisição de equipamentos e insumos. O sindicalista sugeriu ainda a criação de um sistema que informe a posição do paciente na fila, para que haja mais transparência e previsibilidade nos atendimentos. Segundo ele, a falta dessa informação tem gerado impaciência por parte de pacientes e acompanhantes, além de sobrecarregar emocionalmente os servidores.
Em resposta às cobranças do CBI, o presidente do Ipsemg, André dos Anjos, informou que foram adotadas algumas medidas, como o reajuste na tabela remuneratória de prestadores das redes credenciadas e a celebração de convênios com novas unidades, como o Hospital Belo Horizonte. Citou ainda o lançamento de um edital para contratação de novos profissionais e o início de reformas no setor de endoscopia do HGIP; contudo, não apresentou prazos para o início e o término das obras.
Também foi abordada na reunião a deficiência nos atendimentos oferecidos pelo Centro Odontológico do Ipsemg. Os conselheiros apontaram falta de estrutura adequada na unidade. Diante disso, o CBI cobrou medidas efetivas para garantir um serviço digno.
Rede credenciada
Um dos pontos que têm chamado atenção do Ipsemg é quanto à sobredemanda para atendimentos no HGIP enquanto os demais hospitais da rede credenciada estão com vagas disponíveis. Por isso, o SINJUS e o CBI orientam os beneficiários a, sempre que possível, procurarem assistência médica nas unidades de saúde credenciadas, como os hospitais Evangélico, Luxemburgo, São Lucas, Madre Teresa, Baleia, entre outros.
Outro ponto levantado pelos membros do Conselho foi a dificuldade de marcação de consultas com determinados profissionais em diversas regiões do interior de Minas, especialmente em especialidades como cardiologia e ginecologia. A escassez compromete a assistência aos beneficiários e evidencia a necessidade urgente de ampliação e de melhor distribuição da rede conveniada.
SINJUS questiona proposta de uso de recursos do Ipsemg para cobrir dívida de Minas
Ao final da reunião, o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires, também questionou o presidente do Ipsemg, André dos Anjos, sobre o Projeto de Lei Complementar 96/2025, que prevê o abatimento de dívidas do governo de Minas com recursos previdenciários do Ipsemg. A proposta é um dos projetos do governo referentes à adesão de Minas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) que está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O presidente do Instituto defendeu o projeto, alegando que, pelo entendimento do governo estadual, esse mecanismo será favorável para o abatimento da dívida. André dos Anjos disse ainda que o governo se comprometeu a cobrir os déficits do Ipsemg, como tem feito atualmente. Alexandre Pires, porém, manifestou forte oposição à proposta.
“Já vimos esse filme antes. O governo promete usar os recursos do Ipsemg para resolver dívidas, mas os servidores nunca veem o retorno. Trata-se de uma manobra política, que repete o que já ocorreu com o Fundo de Previdência do Estado de Minas Gerais (Funpemg), quando o dinheiro foi retirado com promessas semelhantes, que não se concretizaram. Isso demonstra que o projeto em tramitação na ALMG tem o objetivo de jogar nas costas das servidoras e dos servidores uma dívida feita pelos últimos sete governadores”, alertou Alexandre Pires.
O CBI é um instrumento estratégico para cobrar transparência, controle sindical e soluções concretas para a melhoria dos atendimentos de saúde do Ipsemg. Além do SINJUS-MG, o Conselho também conta com dirigentes do Sindipúblicos, do Sindalemg e do SindsempMG, representando os servidores do Judiciário, do Executivo, do Legislativo e do Ministério Público, respectivamente.
O SINJUS continuará acompanhando as próximas ações do Ipsemg e manterá os servidores informados sobre todas as decisões que impactem a prestação de assistência médica e a saúde financeira do Instituto.
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