Igualdade de oportunidades

Judiciário convoca tribunais para aderirem ao Pacto Nacional pela Equidade Racial

sexta-feira, 31/03/23 14:37

O fortalecimento da cultura pela equidade racial no Poder Judiciário é um dos objetivos do Pacto Nacional pela Equidade Racial. A medida já conta com a adesão de 63% dos Tribunais Superiores, 51% dos Tribunais de Justiça e 83% da Justiça Federal. Lançado em novembro de 2022, essa iniciativa prevê a realização de programas, projetos e medidas a serem desenvolvidos em todos os segmentos da Justiça e em todos os graus de jurisdição.

Para o juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Edinaldo César Junior, é preciso reforçar a participação dos tribunais que ainda não aderiram ao Pacto. O engajamento dos órgãos exige um agir “consciente, intencional e responsável, que possibilite a desarticulação do racismo estrutural por meio da adoção de medidas específicas e concretas”.

Segundo levantamento do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ), a equivalência entre brancos e negros na Justiça só deve ser alcançada em 2058. Conforme a pesquisa “Negros e Negras no Poder Judiciário”, até 2013, eram 12% de magistrados negros e negras no país. Mas, entre 2019 e 2020, o ingresso de negros na magistratura aumentou para 21%.

Por meio do Pacto, espera-se que o Judiciário estabeleça o compromisso de adotar medidas de igualdade, equidade, inclusão, combate e prevenção ao racismo estrutural e institucional. Para tanto, há quatro eixos de atuação propostos: a promoção da equidade racial; a desarticulação do racismo institucional; a sistematização dos dados raciais nos tribunais; e a articulação interinstitucional e social para a garantia de cultura antirracista na atuação do Poder Judiciário.

Fonaer

Para fortalecer as ações do CNJ em relação ao combate à desigualdade racial no Judiciário, será lançado o dia 31/3, sexta-feira, o Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Equidade Racial (Fonaer). Além de estudos e outras medidas, o colegiado deve propor resolução para regulamentar a Política Judiciária para a Equidade Racial.

Instituído pela Resolução CNJ n. 490/2023, o Fonaer deve promover, entre outros, estudos que subsidiem a definição de critérios para atuação das comissões de heteroidentificação nos concursos públicos promovidos pelo Judiciário. O Fórum também deve organizar encontros nacionais, regionais e seminários sobre igualdade racial, contando com a participação da Justiça, de outros segmentos do poder público, da sociedade civil e da comunidade acadêmica.

Durante a cerimônia de implantação do Fonaer, também serão lançados os “Cadernos de Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF): Concretizando Direitos Humanos”, que correspondem a uma das ações do Pacto Nacional do Judiciário pelos Direitos Humanos, firmados entre o CNJ e o STF, e que também vão ao encontro do Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial.

São cinco volumes dedicados a temas da agenda de Direitos Humanos. No volume que trata do “Direito à Igualdade Racial”, são reunidas 13 decisões que tratam de questões como o conceito de racismo e o alcance da liberdade de expressão (que não protege a incitação ao racismo); as ações afirmativas para ingresso em Universidades públicas e em concursos públicos e o princípio constitucional da igualdade material; os critérios constitucionais para identificação de comunidades quilombolas; a discriminação de religiões de matriz africana; a violência e a letalidade policial e o racismo estrutural e a injúria racial como espécie do gênero racismo.

Esse volume, tal como os demais, é resultado de frutífera cooperação entre o CNJ (por meio da Unidade de Monitoramento e Fiscalização das Decisões da Corte Interamericana), o STF (por meio da Secretaria de Altos Estudos) e o Max-Planck-Institute for Comparative Public Law and International Law, com a participação das pesquisadoras e dos pesquisadores da Rede ICCAL-Brasil.

Texto: Lenir Camimura

Edição: Karina Berardo

Agência CNJ de Notícias

 

Últimas notícias

ver mais
Montagem digital com dois registros das reuniões setoriais, na primeira há um corredor com pessoas enfileiradas lado a lado, uma fila está em frente à outra. Na segunda imagem, as pessoas estão reunidas em círculo em uma antessala. Nas duas imagens, as pessoas ouvem o coordenador-geral do SINJUS-MG, Alexandre Pires. Também estão presentes nas reuniões os diretores: Felipe Rodrigues ( dir. de Assuntos Jurídicos), Jonas Araújo (dir. de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde), Alexandre Gomes (dir. de Imprensa e Comunicação), Janaína Torres (dir. de Aposentados e Pensionistas) e Adriana Teodoro (dir. Administrativa). CONTATO DIRETO SINJUS ATUALIZA CATEGORIA SOBRE AS LUTAS E RECEBE DEMANDAS DURANTE REUNIÕES SETORIAIS quinta-feira, 02/05/24 19:06 Nesta semana, o SINJUS-MG deu continuidade à agenda de reuniões setoriais para detalhar o ...
SEM TABU MENOPAUSA É TEMA DO PRIMEIRO ENCONTRO DO PAPO ABERTO terça-feira, 30/04/24 10:02 Até hoje,  alguns assuntos relacionados à feminilidade são cercados por tabus, resultando em falta ...
Fotografia em um ambiente de trabalho, onde se vê uma mulher cadeirante, de pele clara, cabelos castanhos, com vestimentas sociais, segurando uma credencial e mostrando em frente a uma porta de vidro, ao lado se vê ícones que simbolizam deficiências, tais como: cadeirante, deficiência visual, auditiva. PCD SAIBA COMO INCLUIR SÍMBOLOS INTERNACIONAIS DE ACESSIBILIDADE NA SUA CARTEIRA FUNCIONAL DO TJ segunda-feira, 29/04/24 19:41 Na última segunda-feira, dia 22 de abril, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais ...

Convênios

ver mais
Espaço GS Pilates Fisioterapia Coração de Jesus . Belo Horizonte (31) 98284-0699 15% ver mais
DROGA RAIA Convênios . Belo Horizonte, RMBH, Rio de Janeiro, São Paulo, sul do Brasil. www.drogaraia.com.br 17% a 44% ver mais
DROGASIL Convênios . Minas Gerais, São Paulo, Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil www.drogasil.com.br 17% a 44% ver mais
Top Fale conosco