ESPECIAL “ACORDA, SERVIDOR”

OS PARASITAS QUE ESTÃO SALVANDO O BRASIL

terça-feira, 26/10/21 15:10 #ImagemAcessível: Charge com dois quadros. No primeiro, observa-se um casal na cama. Ao lado em cima de um móvel está um celular tocando o alarme com a seguinte frase: "NÃO À PEC 32. NÃO À REFORMA ADMINISTRATIVA". A mulher parece estranhar a situação. No segundo quadro, o homem explica: "É O NOVO SOM DO ALARME PRA GENTE ACORDAR".

A justificativa do governo federal para defender a Reforma Administrativa é toda construída em cima de inverdades. Uma delas é que os servidores públicos recebem supersalários, ou seja, vencimentos mais altos do que o limite constitucional. Um levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) apontou que os servidores que acumulam supersalários representam apenas 0,23% de todos os funcionários públicos do País. É um grupo de 25 mil pessoas dentro de um universo de 11 milhões de servidores ligados aos governos federal, estaduais e municipais.

Durante uma palestra, em meio à pandemia, no ano passado, ao defender a Reforma Administrativa como solução para os estados que gastam mais do que arrecadam, o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou os reajustes automáticos de salários de servidores públicos. “O funcionalismo tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo, o hospedeiro (Estado) está morrendo, o cara (servidor) virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele (servidor) quer aumento automático”.

O atual texto da PEC 32 mantém a possibilidade de redução da jornada de trabalho com proporcional redução da remuneração. A redução se limitará a até 25% e a remuneração será mantida apenas na hipótese de redução de jornada em decorrência de limitação de saúde ou para cuidar de cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou de madrasta e enteado, ou de dependente que viva a suas expensas.

Esse é apenas um dos direitos que a Reforma está ameaçando. Na prática, a proposta transfere a conta do “ajuste fiscal” para quem agora exerce papel fundamental para ajudar o Brasil a superar a pandemia.

Durante os períodos mais críticos da crise sanitária, enquanto boa parte das empresas e serviços ficou parada, servidores públicos de várias áreas enfrentaram rotinas de trabalho mais intensas e exposição ao contágio pelo coronavírus para continuar prestando serviços essenciais à população.

Na área da saúde, enfermeiros e médicos atuaram na linha de frente, vivenciando a exaustão com longos plantões e poucas folgas. Eles ainda encararam diariamente o medo de se contaminar, a perda de colegas e o aumento de pacientes infectados pela Covid-19.

Psicólogos e assistentes sociais também foram fundamentais para garantir que pessoas que perderam o trabalho durante a crise e moradores em situação de rua tivessem acesso a direitos básicos e às políticas de assistência ofertadas pelo governo.

No Judiciário, se destacaram os servidores envolvidos em processos de adoção de crianças, no cumprimento de mandados relevantes para a proteção de todos e na aceleração da tramitação e julgamento de processos.

Outras categorias também foram fundamentais nesse período: os fiscais para garantir o cumprimento das recomendações sanitárias; os profissionais da limpeza urbana que mantiveram as cidades limpas, evitando a propagação do vírus e os professores que se desdobraram para levar a escola à casa dos alunos.

Em Minas Gerais, os servidores do Executivo ficaram cinco anos e meio recebendo os salários de forma parcelada, inclusive durante a pandemia. No Judiciário, os vencimentos da categoria estão defasados em 16,74%, o que reduz o poder de compra do trabalhador.

São esses os parasitas que estão salvando o Brasil!

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