Sindicatos denunciam condições precárias em prédio na capital
quarta-feira, 11/06/25 14:02
Um acidente de trabalho ocorrido na última sexta (6), em Belo Horizonte, deixou apreensivos os trabalhadores da 2ª Câmara Criminal, do 2º Cartório de Feitos Especiais (CAFES) e do Cartório da 1ª Câmara Criminal (1º CACRI). O forro de gesso da sala da 2ª Câmara Criminal desabou durante o expediente e uma servidora foi atingida.
As instalações, localizadas no 8º andar do Edifício Banlavoura, na Avenida Afonso Pena 1500, há semanas apresentam problemas, desde que teve início uma reforma no local. As obras, sob responsabilidade do condomínio, estão previstas para serem concluídas na primeira quinzena de julho.
A situação é acompanhada pelos sindicatos que, ao visitarem o prédio e conversarem com os servidores, identificaram problemas como ventilação e iluminação natural insuficientes, baixa qualidade do ar, exposição a elevadas temperaturas, banheiros interditados, precariedade das instalações provisórias, inclusive com fiação elétrica exposta, sem isolamento ou proteção.
Em face dessa situação, o SERJUSMIG e o SINJUS-MG encaminharam um ofício conjunto ao presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), reivindicando providências urgentes para proporcionar segurança, salubridade e dignidade aos servidores.
ACESSE AQUI O OFÍCIO CONJUNTO 11/2025
No documento, as entidades solicitam: 1) autorização imediata de trabalho remoto para os servidores de todos os setores impactados, enquanto perdurarem as obras; 2) realização de vistoria técnica emergencial por parte da GERSAT, com vistas à emissão de laudo detalhado sobre as condições do ambiente de trabalho; 3) o acompanhamento direto da Administração.
Os sindicatos também observam que, em maio, uma infiltração de esgoto no 1º CACRI foi solucionada após o gerente da unidade ter formalizado a situação por meio do processo SEI. Todavia, situações semelhantes no CAFES não tiveram solução célere.
“Os casos de insalubridade nas unidades do TJMG se arrastam há anos. Servidoras e servidores continuam sem condições dignas de trabalho, expostos a riscos de acidentes e danos à saúde física, além de enfrentarem prejuízos no desempenho de suas funções. O Tribunal precisa agir com urgência e garantir um ambiente de trabalho seguro para todas e todos!”, reforçou o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires.