REFORMA ADMINISTRATIVA 

SINDICATOS APONTAM IMPACTOS EM AUDIÊNCIA NA ALMG

sexta-feira, 16/07/21 12:45

Os impactos negativos da Reforma Administrativa, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20, foram salientados por sindicalistas de diversos setores do Estado e da capital, em audiência pública nesta quinta-feira, 15 de julho, realizada pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Entre os prejuízos, eles destacaram a possibilidade de serviços públicos serem transferidos à iniciativa privada e de contratações serem feitas a título precário. 

Participaram representantes de sindicatos do Judiciário, da Saúde, da Educação, do Meio Ambiente, dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte, dos setores de Transportes e Obras Públicas e Tributação, Fiscalização e Arrecadação, entre outros. 

Para os sindicalistas a proposta representa a destruição do serviço público no País e a transformação de direitos fundamentais em mercadoria. Eles citaram, por exemplo, que a estabilidade do servidor, que é colocada em dúvida pela PEC 32, garante que o recurso público seja aplicado com critério, o que fica mais complicado quando o servidor tem um contrato temporário. Sem estabilidade, o servidor não consegue também barrar negociatas e corrupção.

A PEC pode gerar ainda mais destruição ao meio ambiente com danos irreversíveis, já que a Reforma pretendida prevê a possibilidade de terceirização do monitoramento e da fiscalização ambiental. Mais estradas deverão ser privatizadas. Para o Sindicato do setor, quando elas se tornarem deficitárias, as concessionárias irão devolvê-las para o Estado que vai precisar gastar para recuperá-las. 

Também foram comentados os impactos para a população. A PEC 32 faz parte de um pacote de reformas que promete modernização dos serviços públicos, mas que na verdade gera fragilidade nesses serviços.

Repercussão

Para o presidente da Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental e mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School, Pedro Pontual, a PEC 32 parte do pressuposto de que o estado custa muito e entrega pouco. Contudo, ela não foi embasada por um diagnóstico com a opinião dos usuários dos serviços públicos e de seus operadores, bem como por considerações sobre o que se pretende melhorar.

Ele colocou que a proposta segue a lógica do setor privado que é completamente diferente da do setor público. “Uma fábrica deficitária pode ser fechada porque visa ao lucro. Uma unidade básica de saúde fechada deixa de prestar atendimento. O impacto disso não é calculado pela PEC 32, para a qual importa apenas o resultado fiscal”, acrescentou.

Segundo Pedro Pontual, o alcance da proposta será amplo. “Ela não afeta procuradores, promotores, magistrados e parlamentares, mas afeta todos os outros servidores de todos os poderes, no âmbito federal, estadual e municipal”, esclareceu.

Um agravante que pontuou é que a PEC 32 delega poderes ao presidente da República. “Em uma canetada, ele poderá extinguir ministérios e o Itamaraty, por exemplo, o que mostra um enorme descompromisso com as instituições e os serviços públicos”, explicou.

Mobilização 

Parlamentares que participaram da audiência, solicitada pelos deputados Celinho Sintrocel (PCdoB) e André Quintão (PT), defenderam uma ampla mobilização contra a PEC 32/21. Segundo a deputada Beatriz Cerqueira (PT), que conduziu a reunião, o movimento no País é de cada vez mais precarizar o serviço público.

Para a deputada Ana Paula Siqueira (Rede), a PEC foi apresentada com o disfarce de que vai tirar privilégios. “No entanto, esses privilégios ficam restritos a poucos, que não são enquadrados no texto da proposta”, destacou. A parlamentar enfatizou ainda que o governo federal faz o desmonte de serviços, o que impacta na vida de cada um.

Deputado federal por Minas Gerais, Rogério Correia (PT) salientou que o mercado é que força a aprovação da PEC 32. “Querem dizer que o serviço público não funciona, mas nessa pandemia, por exemplo, é o SUS que tem salvado vidas”, disse. 

Saiba aqui tudo sobre os impactos trazidos pela PEC 32.

SINDICATO É PRA LUTAR!

Fonte: SINJUS-MG com informações da ALMG

Últimas notícias

ver mais
INSALUBRIDADE DENÚNCIA DO SINJUS SOBRE MÁS CONDIÇÕES DA UNIDADE MILTON CAMPOS REPERCUTE NA IMPRENSA sexta-feira, 26/04/24 18:42 Não é novidade que as servidoras e os servidores do Prédio da Milton Campos ...
Montagem digital de duas imagens, uma acima da outra. Na imagem de cima há um grande grupo de pessoas que se organizaram em um círculo, na imagem abaixo desta há muitas pessoas em um corredor, organizadas em duas fileiras, uma diante da outra. Nas duas imagens está o coordenador-geral do SINJUS, Alexandre Pires, que fala com os grupos, e junto dele estão os diretores, Felipe Rodrigues, Alexandre Gomes, Adriana Teodoro e Janaína Torres. REUNIÕES SETORIAIS SERVIDORES REIVINDICAM PROVIDÊNCIAS SOBRE AS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO TJ sexta-feira, 26/04/24 18:27 Como parte de um esforço contínuo para manter um canal de diálogo aberto com ...
INACEITÁVEL SITUAÇÃO DE CALAMIDADE NA UNIDADE MILTON CAMPOS REVOLTA SERVIDORES quinta-feira, 25/04/24 19:15 Na tarde desta quinta-feira, 25 de abril, o SINJUS-MG esteve na unidade Milton Campos ...

Convênios

ver mais
Espaço GS Pilates Fisioterapia Coração de Jesus . Belo Horizonte (31) 98284-0699 15% ver mais
DROGA RAIA Convênios . Belo Horizonte, RMBH, Rio de Janeiro, São Paulo, sul do Brasil. www.drogaraia.com.br 17% a 44% ver mais
DROGASIL Convênios . Minas Gerais, São Paulo, Nordeste, Centro-Oeste e Norte do Brasil www.drogasil.com.br 17% a 44% ver mais
Top Fale conosco