A Importância da Prevenção no Combate ao Assédio Moral

terça-feira, 09/10/12 14:00

* Arthur Lobato

Muitas vítimas de assédio moral só percebem que sofreram o processo doloroso do assédio quando este já foi executado, sua capacidade laborativa foi minada e já vivencia uma série de problemas somáticos, psíquicos e emocionais.

O sintoma é aquilo que emerge, é o que aparece. E os sintomas mais comuns nas vítimas de assédio moral são: baixa-estima, nervosismo, stress, insônia, taquicardia, perturbações gastrointestinais, falta de desejo sexual, consumo indiscriminado de drogas lícitas e ilícitas, esgotamento físico e psíquico. Sintomas que podem levar a diagnósticos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, paranoia, etc.

A causa de todo este mal é ter sido vítima de assédio moral.

No trabalho a vítima de assédio moral geralmente apresenta queda na produtividade e na qualidade do serviço, falta de motivação, atrasos, licenças médicas, isolamento do grupo e ambivalência dos sentimentos – como mecanismos de defesa.

Muitas pessoas não acreditam que o quadro descrito acima acontece. Por isso, faço uma comparação: pode-se não acreditar que um simples mosquito transmita uma doença que leva até à morte, como no caso da dengue hemorrágica, mas é uma realidade. O doente vítima da dengue precisa de cuidados médicos, assim como a vítima de assédio moral. Nos dois casos o mais importante é a prevenção, pois a doença já é o sintoma.

A prevenção da dengue se faz com campanhas educativas e orientação para impedir que o mosquito transmissor da dengue se prolifere, eliminando suas larvas e impedindo o aumento de casos da doença. Da mesma forma, no assédio moral é importante a divulgação do tema em campanhas educativas de esclarecimento, palestras, debates, leituras sobre o assunto e principalmente na atuação dos sindicatos na defesa da saúde do servidor. Tudo para que o assédio não tome proporções de uma epidemia. Somente com a prevenção e o combate poderemos impedir a proliferação deste mal: o assédio moral no trabalho.

* Psicólogo, jornalista e membro da Comissão de Combate ao Assédio Moral no Trabalho em sindicatos

Artigo publicado no jornal Expressão Sinjus nº 156, em 23 de novembro de 2007 
 

Arthur Lobato

É psicólogo da área de saúde do trabalhador. Integra a equipe da Comissão de Assédio Moral do SINJUS-MG. Participou de Congressos Internacionais sobre o tema no Brasil, Argentina e México. Sócio colaborador da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT).

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